Em momentos assim que sinto meu corpo flamejar, minha mente entorpecer-se de ódio; um rancor inexplicável que faz um sangue espumante ser expelido em forma dos mais variados impropérios ao mundo.
Quero matar, não posso controlar. Meus punhos suplicam sangue; minha consciência quer sentir-se culpada por algum crime hediondo cometido em momentos de descontrole psicológico.
Sou pesado, não consigo respirar. As paredes sufocam meus sentimentos. O som que estridente brota dos alto-falantes apontados para meus ouvidos ensurdece-me; esconde meus instintos; camufla meus gritos.
O satanismo inexistente existe; cultuo o morto e o assassino. Sou o carrasco do meu próprio ser; executo e sou executado.
A navalha penetra na carne e derrama o sangue que é o combustível de um corpo sedento; de um ser noturno que vaga soturno pelos locais mais insalubres da noite.
Aqueles pensamentos lúgubres envolvem meu ser. A essência mórbida do ar que desliza do cemitério até minha face percorre um longo caminho até chegar ao fundo do meu coração e ali plantar a semente do eterno.
Aos poucos aqueles sentimentos vão esvaindo-se, tão lentos e graduais como surgiram. Tão sensíveis como o impacto que causaram.
Daqueles momentos de devaneios insanos, o que resta são as lembranças vertiginosas de uma viajem ao desconhecido, o conhecimento do interior negro que habita meu âmago.
Sou a jaula de um demônio incontrolável; o béquer de uma substância instável e destrutiva. Meu corpo é a prisão do criminoso mais pecaminoso que a humanidade conheceria; o tirano mais inescrupuloso, cuja ira submeteria a nação à desumanidade completa.
A humanidade é assim composta de elementos visivelmente idôneos, mas que na verdade não passam de mais um complemento da real natureza primata e selvagem dos homens: únicos seres pertencentes ao meio terráqueo que premeditam os mais capciosos crimes, seja contra a pureza da natureza, seja contra a podridão de si próprios.
Quero matar, não posso controlar. Meus punhos suplicam sangue; minha consciência quer sentir-se culpada por algum crime hediondo cometido em momentos de descontrole psicológico.
Sou pesado, não consigo respirar. As paredes sufocam meus sentimentos. O som que estridente brota dos alto-falantes apontados para meus ouvidos ensurdece-me; esconde meus instintos; camufla meus gritos.
O satanismo inexistente existe; cultuo o morto e o assassino. Sou o carrasco do meu próprio ser; executo e sou executado.
A navalha penetra na carne e derrama o sangue que é o combustível de um corpo sedento; de um ser noturno que vaga soturno pelos locais mais insalubres da noite.
Aqueles pensamentos lúgubres envolvem meu ser. A essência mórbida do ar que desliza do cemitério até minha face percorre um longo caminho até chegar ao fundo do meu coração e ali plantar a semente do eterno.
Aos poucos aqueles sentimentos vão esvaindo-se, tão lentos e graduais como surgiram. Tão sensíveis como o impacto que causaram.
Daqueles momentos de devaneios insanos, o que resta são as lembranças vertiginosas de uma viajem ao desconhecido, o conhecimento do interior negro que habita meu âmago.
Sou a jaula de um demônio incontrolável; o béquer de uma substância instável e destrutiva. Meu corpo é a prisão do criminoso mais pecaminoso que a humanidade conheceria; o tirano mais inescrupuloso, cuja ira submeteria a nação à desumanidade completa.
A humanidade é assim composta de elementos visivelmente idôneos, mas que na verdade não passam de mais um complemento da real natureza primata e selvagem dos homens: únicos seres pertencentes ao meio terráqueo que premeditam os mais capciosos crimes, seja contra a pureza da natureza, seja contra a podridão de si próprios.
Um retrato de um ser ao avesso, que acima de tudo é humano: a pior de todas as aberrações que vaga pelos espólios desse universo.
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